Era um fim de tarde,eu estava no supermercado e de repente um homem me abordou,tinha cabelos um pouco grisalhos e era mais o menos do meu tamanho, perguntou se eu sabia onde era o corredor de vinhos, levei ele ate lá e ficamos conversando,ele parecia dar em cima de mim e ate me ofereceu uma carona,que foi logo aceita.
Antes de me levar em casa, passamos na casa dele pra deixar as compras, ele tinha uma linda filha e na casa só moravam os dois, ela era tão encantadora, tão carinhosa, tão inocente... Como eu já esperava, ele mandou ela dormir e me levou pro quarto...ele era diferente dos outros,parecia me tratar como trata a filha dele,com cuidado.
Quando terminamos, ele resolveu tomar um banho, não resisti aos meus impulsos; coloquei uma luva, peguei uma faca e fui pro banheiro. Entrei lá, dei um beijo nele, e enquanto estava distraído, enfiei a faca na sua barriga.
Sai do banheiro cheia de sangue,quando estava limpando a faca,a filha dele entrou no quarto e me viu daquele jeito; perguntou se eu tinha me machucado, fiquei calada, então ela começou a gritar o pai e saiu correndo pra dentro do banheiro, não pude impedir. Ela viu ele no chão cheio de sangue e o abraçou,eu sabia que não poderia deixar ela viva,mas era só uma criança,ela não tinha culpa do que eu era.
- Papai sofreu um acidente meu amor, eu tentei ajudar mais já era tarde, me desculpe. – expliquei.
- Ele foi pro céu? – falou ela enquanto chorava, com a voz mais doce do mundo.
- Sim querida. – respondi
- Quando vou ver ele de novo? – perguntou ela.
- Logo... – respondi chorando.
Abracei ela e tomei coragem,enquanto estava me abraçando,puxei a arma q também tinha na bolsa,e atirei na cabeça dela.Pude sentir seu coração parar de bater...não podia acreditar que fiz aquilo,era só uma criança!
Troquei de roupa e voltei pro meu apartamento, entrei no banheiro, liguei o chuveiro e fiquei sentada no chão enquanto a água caída em minha cabeça... Me senti culpada por ter matado aquela menina,ela não era como eu,ela era feliz,mesmo tendo perdido a mãe,ela tinha o pai que a amava.
Pensei q se talvez eu tivesse a deixado viva,quando ela crescesse e entendesse melhor oq eu fiz,poderia querer se vingar de mim por tirar a única coisa que ela tinha, e talvez virar uma mulher como eu... Que se dane eu! Eu teria orgulho de morrer pra ela, mas eu sei oq é começar com uma simples vingança; depois que mata a primeira vez, tudo fica mais fácil.
Mesmo depois daquele dia eu continuei matando, por mais que eu tentasse parar, isso já estava preso em mim, e alem de matar, eu tinha que fazer uma reportagem mentirosa sobre a forma da morte.
É horrível não conseguir parar, era como um vicio, eu tinha que fazer aquilo, era mais forte que eu... Mas enquanto o sangue delas escorria pelos seus braços e pernas, eu chorava, eu tentava me controlar, mas era impossível... Ate o cheiro de sangue me agradava e por mais que eu lavasse meus dedos, o cheiro não saia deles, isso só me dava mais vontade ainda.
Continuação no proximo...
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